domingo, 30 de novembro de 2008

O frio faz mal ao coração.

(...)
O frio traz horas à lareira. Traz sensação de palavras entaladas na garganta.
O frio mói e molesta, sem dó nem cautela.
Sem ti, o frio invade e refreia a minha chama. Não a que arde por ti. A da minha vida.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Estranha.

Há dias sem chão. Passos idos ao engano, fortes motivos para ficar parado.
Silêncios amargamente escondidos por risadas grotescas, sem sentido, delineadas com doce impostura.
Espelhos virados do avesso... Já não sabes, já não conheces, já não consegues olhar.
Papel, caneta, letras, esquissos. Imagens desbotadas, ramos de vida acabados em beco.
Há dias marcados, há noites bonitas.
Bem me quer, mal me quer, folhas caídas, memórias no vento, lua cheia.
Há dias em que a razão já não existe... e és tu a suportar o chão.

5/11

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Menos um dia sem, mais um dia com.

Há um punhado de minutos que o relógio roncou as três. Nem por isso me evado de ti. Não pretendo vender o meu corpo àquele leito que se estende apetitoso nesta noite dolorida, antes me encosto à madrugada do costume e juntas vamos chorando no poço que me deixaste no lugar do peito. Caminho neste chão que não te sente e noto a vertigem do medo a soprar-me ao ouvido que não vens, que estás lá e não aqui, que posso gritar mil vezes o teu nome pela janela fria e escura e tu continuarás perdido de mim. Dizem que a ausência nada significa quando vista de longe, mas a tua, mesmo quando estás, consegue ser fel que me assusta. Não preciso que não estejas para sentir a tua falta. Antes de dizeres vai passar rápido, até já, amo-te, já eu mergulhava profundamente no tempo e tentava chegar à superfíce do dia do reencontro, na esperança de dar velocidade às horas que nos iam separar. A tua ausência apenas me guarda as palavras que ninguém, para além de ti, quer ouvir; ela esconde do mundo o sorriso que hoje é nada sem ti. Sozinha no meu casulo, recrio o teu beijo com a precisão de um pintor sistino e devoro-o, sôfrega e impaciente, como se me sentasse a um banquete depois de longos dias a jejuar. Divago à sorte, por entre laivos de luz vindos da rua e sombras ilusórias que povoam as paredes, como seria mulher mais bonita se cá estivesses!.
Hoje, não quero sentir o conforto de uma noite bem dormida, nem vou dar troco ao cansaço que passeia no meu corpo. Queria ver o sol desde pequenino, quero imaginar-te a sorrir, pura e docilmente, enquanto veneravas o crepúsculo que se abria só para nos ver e ouvir belas e poéticas considerações que lhe acrescentavas, sempre fiel atento do movimento. E eu a beber-te de um só trago, com vontade de não mais deixar-te partir dos meus braços, que só estão bem envoltos no teu pescoço aromático.
A noite é para ti. Não quero tê-la comigo assim, vazia, fendente, a amordaçar-me com esta saudade, esta que tento em vão enviar-te, só para me sentires um pouco mais. Fica com ela, absorve esta vontade de ti e leva a noite para longe, não a quero. Leva esta e todas as outras. Fica com todas as minhas noites e deixa que eu fique contigo.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Destino.

Não caibo em mim de saudade tua. Soubesses tu o poço que me engole... Deixarias o café arrefecido na mesa e a ponta do cigarro a morrer, perdida num fumo não degustado. Mas a cafeína não é companheira tua e fumar é coisa que não suportas. Na verdade, bastava largares o teu mundo e mudares as trouxas para o meu. Tento aprisionar-te com o lápis nas minhas palavras, tento despir-me de ti, grito contigo, falo de mansa, imploro-te... Tu devolves-me um rosto tranquilo e compreensivo, abraças-me como quem pede mais uns minutos pungentes de vida sem ti e prometes-me não ser apenas ilusão. Pelo menos, é assim que te imagino aí desse lado... Com vontade de saltar da cadeira, correr para o fosso que me separa do teu reino e nadar até mim. Não deixes que me afogue no mar de medos que, de quando em vez, sobe maré e me alcança os pés. Vem ser o condimento que falta ao meu Verão. Sem ti, o sal do mar que me protege fica em cais desconhecido; sem ti, não sei flutuar nesta onda de paixão furtiva que me levou o coração para o teu porto.
Eu sei que não somos iguais, que não somos areia da mesma praia, que não temos a mesma chuva a cair sobre nós, que não vemos a luz da mesma posição... Sei, também, que a minha história não começou no teu livro de poemas e eu, a tua, não sei contar. Ainda assim, pousa a tua mão direita em cima da minha; as duas vão conseguir escrever a nossa.
Eu e tu, tu e eu, nós seremos muito mais que um acaso. Sempre.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Diz que sim.

Palavras prosaicas estão para esta noite como o zé cabra está para a música. Mais apetece atirar fora estas letras encavalitadas, presunçosas e altivas, com a mania que expressam sentimento fácil de rabiscar. Não, hoje não vou metaforizar nem dar vida a inanimados. Hoje, não vou ditar regras ortográficas nem encher-te de frases sonantes, metodicamente escritas para o teu peito. Hoje, não quero demorar-me a concluir que te adoro e que sinto a tua falta. A noite cresce sem graça, sem ardor. É fria e cortante, magoa e arrepia. Hoje, sou mulher alegre sem sorriso, sou amor incompleto.
Hoje, faltas tu... e a culpa é minha.
Desculpa. Não por hoje, mas por todos os dias que, em presença, não sou tua. Em presença. Porque mais ninguém me tem tanto como tu.

domingo, 29 de junho de 2008

Sou eu.

Perdoa-me a frontalidade. Perdoa-me as palavras (de amor?) que profiro sobre ti às minhas paredes. Não ligues à minha expressão estremecida quando trocamos confidências. Perdoa-me por te adorar com o olhar e conduzir-te até ao fundo de mim. Quero que venhas, quero ter-te. Preciso de ti como tu do poema. Quero provar-te o segredo que guardas no peito. Quero seduzir a tua pele com a minha, num momento em que eu e tu deixamos de ser almas separadas. Vive em mim, estende o tapete vermelho e deixa-me correr até ti. Não tenhas medo do que podemos ser. Deixa que te toque o peito com o cabelo, deixa-me sorver-te o cheiro até que me fiques bem entranhado. Escuta o que tilinta cá dentro e tenta perceber o remoinho que acontece quando te aproximas de mim. Dá-me esse sorriso cheio de meiguice e doçura de criança, eu tomo conta de ti. Vem enroscar-te em mim, qual gato a ronronar de mimo, sabedor da sua destreza. Vem e funde a tua mão com a minha. Fica e deixa-te levar por mim.
Perdoa-me a frontalidade: sou apaixonada por ti.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

És tu.

Deixo aqui estas linhas sem qualquer inspiração por perto. Só me apraz escrevinhar o teu nome no meu coração, durante horas incansáveis, com cores garridas e permanentes. Sonho com a tua vinda em todos os sóis e luas da semana, praguejando a cada momento que não te tenho aqui. És simples de se gostar. És o espelho que me deixa bonita, és o jeito do meu andar, pequenino mas confiante, na rua onde já mais ninguém importa. És o sol da minha praia ao poente e és o cheiro a maresia na minha pele. És a porta para o melhor de mim, és o vidro da janela que beijo quando ouso brincar de criança. És o meu riso, és o meu esgar, és o meu olhar maroto. És o texto e o poema, que se fundem na tímida frase de um amor crescente. És a partilha, és a sapiência, és a cura dos meus dias. És a minha pessoa noutro ser e noutra alma. És tu a coragem, és tu a música que me acalma e adormece. És tu, quando sorrio, e és tu, só tu, que vens ao meu caminho.
És tudo o que preciso, agora e aqui.


(A ti, J., porque és tu.)

terça-feira, 24 de junho de 2008

O meu 'ni'.

Há qualquer coisa a bater mais forte do que aquelas badaladas matinais. Oito, nove, dez, diz o relógio de corda. Boa!, pensa, o despertador adormeceu de novo. Espreguiça a vontade de ficar ali e pede licença às pálpebras para encarar o tecto. Lá está ele outra vez. Ri e troça daquele quadro, como quem não aceita a malandrice que ainda se enrosca no corpo da mulher. Ela desvia o olhar e sorri para dentro. Não bastava sonhar contigo... quiseste mais. Levanta a almofada, apoia os pés na cama e afunda as mãos nos cabelos negros da nuca. Tenta amarrar a razão aos suspiros que a consomem. Leva as mãos ao rosto na esperança de despertar para a realidade daquela manhã. Esquadrinha as fronteiras e as linhas desenhadas na pele e imagina-as tocadas pelas mãos daquele sorriso. Sente a chama arder-lhe o peito e ouve as batidas que não pertencem ao relógio. Levanta-se e avança descalça no chão arrefecido pelas orvalhadas da altura.
Ninguém, como tu, me fizera querer
Ir à procura de um sopro no vento…
Vê os versos escritos nos espelhos da casa, sente o tom de voz em qualquer música de amor e apaixona-se pelo leve sotaque que prendeu na memória. É abraçada pela saudade que a empurra para o desalento, mas logo a esperança vem e a sustém. Abre a gaveta, veste-se de azul e voa para o oásis da expressão que acalenta as suas madrugadas... Não quero partir, diz. Leva-me contigo.

sábado, 21 de junho de 2008

A culpa é tua.

Percorres os jardins cansados do meu coração. A relva deixou de ser viçosa e as flores murcharam faz meia dúzia de primaveras. Estou presa na masmorra do passado - e tu sabes. Mesmo assim, recolhes-me com doçura e encanto, sem pedir sê minha. Mas parte de mim é - e tu sabes. Soubeste soltar a criança que dormia em mim, num quarto fechado, com a esperança de um dia poder voltar a brincar. Dedicas-te a parar o tempo e a levar o meu sorriso pela mão, na passadeira de sonhos que pintaste no teu futuro. Aquele que converge no meu - e tu sabes. Escreves para mim a melodia das estrelas e dás-lhe o brilho que ilumina a minha noite. Noto-te no olhar imagens que me queres dar a viver, contigo. Deixas-me ler-te um quê de desejo, nesses lábios sedentos de alguma coisa; uma ténue vontade de me pegar e fazer de mim a tua menina. Mas não, não sabes. Como, quando ou mesmo se. Mas eu quero e faço pretensão de saber. Vamos?

terça-feira, 10 de junho de 2008

Desdita promessa.

Vens colar-te a mim, ou vou eu buscar-te? Começo a achar que o meu jeito de mel não é fascínio para a tua colmeia. Pegas-me com descontracção e eu alinho. O chão que me tiraste dos pés foi para longe e, desde então, apenas calco terreno da tua propriedade. Brincas comigo como quem joga ao berlinde, sem francamente te importares com as pancadas que dou. Vês problema na equação mais simples, mas pudera, matemática nunca foi teu forte. Sei que gostarias que te salvasse da solidão que construíste. No entanto, sou eu que preciso ser salva da garra de paixão com que me fazes tua, no momento em que cruzas os teus lábios nos meus. Prometo acordar-te todas as manhãs com um sorriso; até sirvo o almoço a horas e faço o teu prato preferido ao jantar. Mas, por favor, diz-me que vais lá estar quando me aproximar da cama, nas trevas dos meus inconsoláveis lençóis, que não descansam até à tua chegada.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Caçador de Sóis.

Incendiaste os meus sentidos quando chegaste até mim. Voámos na mesma direcção e o encontro foi um acaso. Fui desconhecida por horas ligeiras, porque logo soubeste descobrir-me. O teu calor, ainda que longe, foi posto calmamente à minha disposição e, sem que percebesses, brilhaste para mim. Sereno e delicado, com sonetos à hora do lobo e opiniões fundamentadas. Tanto e tão pouco, que encantaste. Fiz-te meu caçador e tu vieste. Não te conheço o sorriso nem a expressão tímida, ainda que os sinta em cada frase tua. Não sei o tom da tua pele nem tão pouco pude tocá-la. Mas consegues arrepiar a minha quando escreves para mim. Vives no meu pensamento como uma imagem bonita, legendada com palavras melódicas que enternecem. Tenho para ti um sorriso que me floresce no momento em que invades as minhas horas. Não sabes, mas tenho. E um dia, vais conhecê-lo.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Falta o teu calor.

As ruas vestidas de pernas depiladas e ombros descobertos ainda não voltaram. A chuva demora-se em cada nuvem da cidade, pintando os dias de um gris depressivo. Junho já abre o olho e procura os chinelos aos pés da cama. Passou mais um ano e está na hora de voltar. Assim como tu, que aproveitaste o Inverno para voltar para o meu colo. Não trouxeste a chuva que encheu esta estação, mas voltaste a alimentar as borboletas primaveris que atormentam o meu estômago. Não acendeste a minha lareira no tempo natalício, mas conseguiste (re)acender-me a chama que enfrentava um rescaldo pouco promissor. Não te vestiste de Pai Natal nem me encheste a casa de presentes, eu própria te comprei numa galeria qualquer e te enviei para a minha morada.
O meu calor, esse, foste tu que o emanaste ao longo dos meus lençóis, nas noites febris de chuva exaltada. Tive-te a dormir nos meus braços cada noite que passaste longe de mim... E hoje, estás aqui. Numa derrocada de incertezas, deixei que entrasses por mim adentro e inundasses o meu corpo com a tua peçonha, o teu mel que eu tanto procurei e farejei em cada recanto dos meus dias. Quis-te tanto, mais que à própria vida. E agora, depois de cá estares, pergunto-me se algum dia te terei verdadeiramente. Será que sim? Não sei, mas chuva e granizo em fins de Maio também me parecia improvável... até há poucas horas.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Podes dizer o que quiseres.

Os dias deslizam e acompanham esta Primavera ainda incerta. A marca que deixaste na minha pele não escorreu com a chuva miudinha e o cheiro do teu peito ficou guardado no frasquinho da memória. Ter o teu perfume em casa não me é suficiente; quero mais. Como és capaz de dar fome ao meu ser? Eu, que me envenenei de ti? O meu corpo chora-te todas as noites, mas a alma... Essa já secou. Aperto-te com força no pensamento e deixar-te partir não é mais uma possibilidade. Não me interessa por onde andas, nem para onde queres ir. Reconheço no teu olhar um sentimento meio recíproco... Isso chega-me. Tu não o deixas mostrar-se, mas eu sei que existe. É o Amor. É essa forma de amar que preciso de suster na respiração. A própria que treme quando me perguntas se ainda te amo.
Deixa-te de rodeios e vem ser meu.

You can say what you want.

And when I get that feeling
I can no longer slide
I can no longer run
Ah no no
And when I get that feeling
I can no longer hide
For it's no longer fun
Ah no no

Well, you can say what you want
But it won't change my mind
I'll feel the same
About you
And you can tell me your reasons
But it won't change my feelings
I'll feel the same
About you

terça-feira, 8 de abril de 2008

Tempo de Criança.

Lambuzas-me o cabelo com essa doçura de criança pedinchona. O que hei-de fazer contigo? Enches-me a vida com palmo e meio de sorrisos.
Há dias que serias bem capaz de tirar a paciência a um santo, se os houvesse.
Fazes-me cócegas no coração e voltas a pô-lo no lugar. De quando em vez, lá vais tu soltá-lo da corrente e corres, como se quisesses que te seguisse. Uma voz cá dentro pede-te a mão para não te perder de vista; tu sorris e finges enfado. Mas ambos sabemos que tu não vais sem mim. Voltas as vezes que eu precisar. Que tu precisares.
Gosto de pensar que te tornaste meu no dia em que chegaste ao mundo. Não acredito em almas gémeas; isso é para meninos. Amores perfeitos também só existem em jardins, e mesmo esses, têm hífen. Apesar disso, sinto-te parte de mim, o que me leva a sonhar como uma criança. Como a criança que tens na alma, que se ocupa a adivinhar desenhos nas nuvens e a traçar caminhos em terra batida, longe de todos, nas tardes cheias de calor.
Contigo, a vida pinta-se com as cores da caixa de lápis enorme que tanto pedimos à mãe, aos seis anos. Constróis os sentimentos com legos antigos, mas com a duração de uma vida.
Deixo-me levar com as tuas cantorias ao poente e acabamos o dia sentados numa escada qualquer dessa cidade que nos viu crescer, recordando brincadeiras e traquinices dos últimos quatro anos. O tempo voa, não é? O que nos vale é que as crianças não têm de se preocupar com o tempo...

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Reflexão, uma ova.

Um dia, houve alguém que me disse que, por vezes, é preciso parar e olhar para a porcaria (ou não) que temos andado a fazer da nossa vida. Os parêntesis são para casos pontuais, porque normalmente a reflexão só vem ter connosco quando já estamos no fundo do poço.
Acho uma certa piada quando leio as Favourite Quote nesses sites que guardam a personalidade de tanta gente por esse mundo fora (a título de exemplo: hi5, fotolog, zorpia...). Principalmente àqueles seres que afirmam ter o seguinte lema de vida: Viver cada dia como se fosse o último.
Ora bem, meus senhores e minhas senhoras, haja alguém que me comprove que neste globo azul, recheado de 6 biliões de, supostamente, sanguessugas de vida, existe uma única pessoa a viver cada dia como se fosse o último. Penso que nem mesmo os cuidados paliativos recebem mentalidades desse género. Ninguém está preparado para receber o amanhã dessa maneira. Por isso é que ele existe, o amanhã. Toda a gente deixa para amanhã o que pode fazer hoje. Não há um só dia que passemos como se o amanhã não existisse. A todo o minuto se fazem mil planos para um dia, uma semana, uma vida.
O que queres ser quando fores grande?
Onde vais passar as férias este ano?
A que horas nos encontramos no Sábado?
Quando pensas casar-te e ter filhos?
Jogaste no Euromilhões?
Parece que dá gozo fazer isto. Dá gozo pensar que se aproveita tudo ao máximo, tipo Carpe Diem. A ironia é bastante evidente, porque pensando bem, não há niguém razoavelmente consciente que acredite nisso. Na verdade, todos acreditam que mais um ou menos um dia é igual... Ainda há tanto tempo, não é? Ainda somos tão novos. Ahhh, mas Carpe Diem, Carpe Diem 4ever. (Not!)
Por vezes, é preciso sentir a vida a passar-nos ao lado para reagir. Nunca vou aproveitar o dia como se fosse o último. Nunca vou conseguir viver os melhores momentos da minha vida em 24 horas. Prefiro pensar que vou ter a sorte de me sentir saudável e conseguir chegar ao amanhã que tenho planeado. Espero que a vida me perdoe a preguiça de adiar aquilo que poderia ter feito hoje. Espero ter mais oportunidades para mostrar aquilo que valho. Espero que este ano, ou melhor, estes 300 e muitos dias, não tenham sido um desperdício de tempo; sei que não. Mas espero conseguir dar-lhes um verdadeiro sentido e ouvir da boca de outras pessoas, mas principalmente de dentro de mim, qualquer coisa como Afinal, valeu a pena a queda.

Afinal, a esperança é mesmo a última a morrer.