segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Presente versus Futuro.

O problema das pessoas é querer viver o futuro. Hoje, de férias, estou a contar os dias para o próximo ano lectivo. Depois, vou estar a contar os dias para o Natal. E depois vai aparecer mais qualquer coisa (provavelmente o nascimento do meu sobrinho que, segundo as minhas previsões espectaculares e completamente infundadas, será uma menina! Yupi!!) para desestabilizar o meu presente. As pessoas vivem em função daquilo que ainda vem... E eu, por vezes, não sou excepção. Por isso é que não acredito naquela história patética de ver o futuro. Claro que depois não haveria vida, porque seria como se já tivesse vivido. Mas pronto. Isto tudo para dizer que estou fartiiiiiinha de férias e quero pôr mãos ao trabalho. Principalmente para me manter ocupada e deixar coisas inúteis e consumidoras de paciência fora do alcance do meu pensamento. Tretas! O pensamento cai sempre no sítio proibido... Porque, não querendo pensar em coisas inúteis e consumidoras de paciência, já estou a pensar em coisas inúteis e consumidoras de paciência! Mas vou tentar não querer não pensar nisso... E escrever alguma coisa decente também dava jeito. Hoje estou racional. Devia estar assim mais vezes.

Ah, e o passado... Pronto, o passado é também para deixar lá, no passado.


VLC plays: Diana Krall - Quiet Nights (2009)

domingo, 6 de setembro de 2009

Medos.

Morre-se hoje, amanhã acorda-se. Os dias vão carregando o corpo para outros sítios, mas o sorriso continua cristalino. É difícil esconder o que rebola na alma de menina simpática (ou não, depende dos dias!), mas lá se vai conseguindo. Hoje disseram-me que toda a gente tinha segredos... e que eu deveria guardar os meus. Aliás, que não devia envergonhar-me disso. É justo. As pessoas vão e vêm conforme os trilhos que traçamos. Tenho cada vez mais certezas de que nada podemos fazer para mudarmos as nortadas que nos apanham desprevenidos e nos arrefecem os prazeres do sentir. Ao longo do tempo, percebo que as pessoas têm manias, todas diferentes, e medos também. E estes últimos são os mais complicados de lidar. Muitas vezes é difícil perceber se é passageiro, se já é feitio, se legítimo ou não. De qualquer forma, a boa vontade não consegue ultrapassar a barreira que por vezes se instala à volta de um coração. E é aí que nos sentimos pequeninos, impotentes, como se até àquele momento não tivéssemos aprendido nada que valesse a pena.


VLC plays: Blind Zero - Slow Time Love