segunda-feira, 31 de maio de 2010

Só assim uma pequena...

... nota!

Eu não sou estúpida. Nunca fui. Mas às vezes gostava de ser. A sério.

ADENDA: Mentira, não, não gostava. O que eu gostava era de confiar menos nas pessoas! Funny, isn't it? :)
 
VLC plays: Mutya Buena - Real Girl

domingo, 30 de maio de 2010

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Meio metro de chocolate.

Como se os dados de repente tivessem virado berlindes e não parassem de rolar, arrasando com a lógica do jogo que até ali fazia sentido. Como se no último segundo tivesse perdido o comboio da viagem ao olhar de quem foi e não deixou mapa. Como se a sombra deste penoso corpo morresse no chão cheio de sol e brilho e alegria das outras almas, maravilhadas com os primeiros dias quentes e cheirosos de maresia. Como se as nuvens negras pertencessem só a este mundo de fantasia onde só está quem quer ser cego. Como se já tudo fosse longínquo, inalcançável, poderosamente esquecido, mas ao mesmo tempo tão presente, tão igual, tão vivo que se sente o roço na pele. Como se as palavras caladas na garganta virassem gritos no peito, incontroláveis de... sei lá. De qualquer coisa que sabe mal, que é amargo, corrosivo. Só para tentar contrariar o doce que ainda trazem à boca quando alguém lhes abre a porta.

O brilho no olhar, a cabeça despida de mundos e fundos, os porquês deixados na gaveta das meias. Ou então ir buscá-los e responder simplesmente... porque sim.

VLC plays: Papas da Língua - Vem pra cá

domingo, 16 de maio de 2010

Renascer.

Matamos pequenos pedaços de vida que dançam dentro de nós. Deixamos que as palavras passem do peito para boca, em vez de visitarem primeiro a mioleira. São escassos segundos em que ficamos desatentos, quando baixamos a guarda e de repente, sem contar, apanha-nos uma seta sorrateira, egoísta, silenciosa. São tempos em que fingimos ter o poder imortal de um escudo protector, que na realidade é feito de folhas e ramos que caem com a doçura de uma brisa marítima. São dias que podem tirar-nos uma lasca tão difícil de colar que preferimos pensar que nunca existiu. Que sempre assim foi, que nunca a marginal teve o significado que naquela noite lhe demos. Que nunca o sol se levantou para nos ver nem nós corremos para o ver deitar-se.

Mataste pequenos pedaços de vida que dançavam dentro de mim. Quebraste a música dos meus ouvidos ao tornares silêncio aquilo que (não) sentias. E eu quebrei a voz porcelânica que dizia amar-te.


VLC plays: Pearl Jam - Don't breathe