sábado, 26 de dezembro de 2009

Primeiro (de) Agosto.

Ao longe, o rio. Tremendamente bonito à hora da sesta, fazia jus ao próprio nome, mostrando-se espelho dourado e brilhante aos turistas que deambulavam na orla. Ouviam-se sussuros de leves brisas que pareciam confrontar-se na quase foz do distrito que escolheste para viver. Formigueiros de carros percorriam a ponte de arcos que ajuda a ligar as margens irmãs. Incapazes de reparar na maravilha daquele sítio, pessoas ao volante perdidas em pensamentos quotidianos, fúteis e escusados, com problemas e soluções, felicidade ou angústia. Embraiagem, travão, reduzir, voltar a acelerar. De via para via, parecem discutir com o tempo que o relógio lhes roubou, tal é a convicção em chegar à outra ponta. Parecem acreditar que podem agarrar as horas e levá-las ao ritmo da vida, quando tão bem sabemos, tu e eu, que é o tempo que nos engole e faz aquilo que quer de nós.
A espuma refeita pelo barco a motor quebra aquele ambiente confuso de cidade e concede-me a miragem do paraíso. As ondas perfeitamente dobradas, o sol a cobrir a água e os verdes da costa, o ar inalado com aroma de ti e o teu olhar atento. A beleza daquele sítio pousava em nós e o especial não passava nem pelo esplendor do rio, nem pelas gentes que lhe davam vida, nem pela imensidão de sol que abraçava o lugar. Algures na mistura de vidas e sentimentos, encontrava-se a nossa vida cruzada, o nosso sentimento unido.
O mundo deixou de obedecer às leis de sempre, absolutas, universais, intocáveis, quando os teus lábios desabrocharam nos meus. Agora, a luz parecia irradiada do próprio planeta, as cores e sensações aconteciam para dar brilho ao sol, o centro era ali, Copérnico já era. O rio correu para montante, a bússola apontou para sul, o vento forte e desordenado deu lugar à nossa leve e sintonizada respiração. Desafiámos a gravidade com o peso da nossa paixão, demorámo-nos no ar sem que alguma coisa nos atirasse ao chão, vencemos o tempo que pulsava no teu relógio e a força do íman que, por entre risos, nos quis separar na mesma manhã. De repente, tudo à nossa volta se simplificou na mera paisagem para o rio do norte, a complexidade juntou-se em redor de nós, do nosso doce e suculento beijo, mais profundo do que o mar lá longe, mais real do que a nossa presença, mais quente do que qualquer sol. Ali, descobriste-me a vontade de te ter, procuraste o gosto a saudade que trazia dentro de mim, fundiste o teu sabor no meu, apaixonado e apaixonante, fizeste-me tua, como tanto tinhas pedido. Deste-me a conhecer a dança dos teus dedos com a irreverência dos meus fios de cabelo, quente sensação de ternura e de querer estar. Tiraste-me de um mundo só meu para ser contigo no teu, inquietaste o meu peito com um olhar profundamente inocente, encantador, e no fim, embalaste o meu corpo de menina num abraço forte e seguro com sabor a lar, doce lar. A dúvida passou a certeza, Tu e Eu?, não, isso era antes, agora seríamos um simples Nós.
Deste-me muito mais do que aquela visão de cristal. Foste amável, amante e amor, foste terra e mar, foste caçador selvagem e cavalheiro enamorado. Agora prevaleces como um estigma no meu corpo, profundo e eterno, fascínio dos meus dias isentos de ti.

Escrito em Agosto de 2008

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Let it go.

Bardamerda com isso.

VLC plays: Air Traffic - No more running away

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Vacina.

A insónia não é de tristeza nem de ansiedade. É de raiva. As lágrimas não são de dor nem de alergia. São de raiva. O grito calado na garganta não é por ser noite e ter respeito pelas pessoas normais. É por orgulho. Coisa que nem sei se tenho quando te percebo mais perto e te acho piada. O orgulho que faço por mostrar quando debaixo desta capa nada mais pode ser mostrado. Rir-te-ias se conseguisses perceber o que escondo... que ainda penso em ti, não sei bem de que maneira, mas penso. Não consigo encontrar razões para isso, não me vejo contigo em momento algum e em lugar nenhum. Mas penso. Não que te ame loucamente (ou simplesmente que te ame), longe disso. Acho que preencheste (nem sempre) alguns minutos da minha solidão e isso levou-me para fora de mim (para dentro de ti). Não gosto disto. Gostava de ter paz e permanecer no meu mundo, ver-te só lá longe onde ninguém interessa, olhar-te com indiferença. Gostava de ser tão forte quanto pareço e tão alegre por dentro como sou por fora. Menos pensar, mais agir. Friamente, com desprezo. Uma simpatia disfarçada. O que for. Queria parecer-te bem, sem ressentimentos, sem sentimentos calados. Na verdade, admito, queria que te arrependesses, que te ajoelhasses e beijasses o chão que calco, que percebesses o que toda a gente quis ver (mas que não existia). Mas a tua incoerência já confundiu alguns (muitos) dos meus dias (noites), por isso é bom que não te arrependas... Porque, nesse caso, eu vou arrepender-me de voltar a deixar-me levar pelo frio enganador da noite.
Sinceramente nem sei o que esperava (espero) de ti... Acho que nunca foi muito. Esperei que mudasses. Esperei mudar-te.
Não é sentir falta, é hábito desmedido. Não é desamor. É raiva. E, fosga-se, é do pior.


VLC plays: Gift - 645

domingo, 1 de novembro de 2009

A Casa Quieta.

Novembro

Eu viria talvez povoado

hipotéticos fantasmas quem sabe
uma ou outra vingança por consumar
dias em que desocupado
de grandes traições anseios
uma ou outra desgraça
quando te atravessaste
intransponível
nesse caminho que fazia só fazendo
pouco alerta mudo impávido
quando olhava sem bem olhar
via só o que queria
mesmo no que ver me custava
e foi quando o teu sorriso


Rodrigo Guedes de Carvalho (2005)

sábado, 31 de outubro de 2009

Nice quote.

there's a point in life when you get tired of chasing everyone and trying to fix everything, but it's not giving up. it's realizing that you don't need certain people and their crap.


VLC plays:
Maria Gadu - Shimbalaiê

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O amor é mesmo fodido.

O mais difícil é encontrar novas e válidas razões para levantar da cama. Aliás, do sofá, que a cama está propositadamente esquecida no quarto cheio de pó. Só para não ter de levar contigo todas as manhãs, preso aos pensamentos outonais, mordentes e depressivos.
Odeio chuva!

Por falar nisso... Vou ali arrumar a casa.

VLC plays: Adele - Hometown Glory

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Presente versus Futuro.

O problema das pessoas é querer viver o futuro. Hoje, de férias, estou a contar os dias para o próximo ano lectivo. Depois, vou estar a contar os dias para o Natal. E depois vai aparecer mais qualquer coisa (provavelmente o nascimento do meu sobrinho que, segundo as minhas previsões espectaculares e completamente infundadas, será uma menina! Yupi!!) para desestabilizar o meu presente. As pessoas vivem em função daquilo que ainda vem... E eu, por vezes, não sou excepção. Por isso é que não acredito naquela história patética de ver o futuro. Claro que depois não haveria vida, porque seria como se já tivesse vivido. Mas pronto. Isto tudo para dizer que estou fartiiiiiinha de férias e quero pôr mãos ao trabalho. Principalmente para me manter ocupada e deixar coisas inúteis e consumidoras de paciência fora do alcance do meu pensamento. Tretas! O pensamento cai sempre no sítio proibido... Porque, não querendo pensar em coisas inúteis e consumidoras de paciência, já estou a pensar em coisas inúteis e consumidoras de paciência! Mas vou tentar não querer não pensar nisso... E escrever alguma coisa decente também dava jeito. Hoje estou racional. Devia estar assim mais vezes.

Ah, e o passado... Pronto, o passado é também para deixar lá, no passado.


VLC plays: Diana Krall - Quiet Nights (2009)

domingo, 6 de setembro de 2009

Medos.

Morre-se hoje, amanhã acorda-se. Os dias vão carregando o corpo para outros sítios, mas o sorriso continua cristalino. É difícil esconder o que rebola na alma de menina simpática (ou não, depende dos dias!), mas lá se vai conseguindo. Hoje disseram-me que toda a gente tinha segredos... e que eu deveria guardar os meus. Aliás, que não devia envergonhar-me disso. É justo. As pessoas vão e vêm conforme os trilhos que traçamos. Tenho cada vez mais certezas de que nada podemos fazer para mudarmos as nortadas que nos apanham desprevenidos e nos arrefecem os prazeres do sentir. Ao longo do tempo, percebo que as pessoas têm manias, todas diferentes, e medos também. E estes últimos são os mais complicados de lidar. Muitas vezes é difícil perceber se é passageiro, se já é feitio, se legítimo ou não. De qualquer forma, a boa vontade não consegue ultrapassar a barreira que por vezes se instala à volta de um coração. E é aí que nos sentimos pequeninos, impotentes, como se até àquele momento não tivéssemos aprendido nada que valesse a pena.


VLC plays: Blind Zero - Slow Time Love

segunda-feira, 20 de julho de 2009

E a saga repete-se.

Às vezes pergunto-me sobre o que poderás ter visto em mim. Complicada como eu sou, exigente, refilona, impaciente, com a mania da razão... Pois. Será porque somos iguais?

O que é que andamos a fazer? A brincar aos felizes encontros fugazes, às noites ilícitas, às promessas que não chegam a existir?! É como se tornasses o meu quarto num lugar desconhecido, a preto e branco como nos filmes antigos, sem brilho nas paredes, sem estrelas fluorescentes no tecto. Mas quando voltas, o cheiro familiar instala-se, a casa torna-se lar, as cores reflectem vida... E nada mais parece importar. Não interessa as calças no chão, a loiça por arrumar, a matéria não estudada. Não quando o meu mundo está concentrado nas tuas mãos, que parecem tardar em voltar, abertas para me ter, de vez!

Acho que o problema não é faltares tu. O problema é eu não poder dizer que estou aqui. Porque sei que vens. Mas também vais. E voltas a vir e a ir. Por isso não preciso de ti.
Na verdade, contigo já me habituei a estar sozinha.



"Tudo o que acontece uma vez poderá nunca mais acontecer, mas tudo o que acontece duas vezes, certamente acontecerá uma terceira."
O Alquimista, Paulo Coelho

sábado, 27 de junho de 2009

Mudança de casa.

O que uma pessoa se sujeita a fazer só para não estudar Anatomia II. Formatar o blog... Pfff. Não estudes, não.

Olá, gente!! Estou viva :)

sábado, 16 de maio de 2009

Orgulho.

Tu estás ali e eu a ver-te fugir. Era uma questão de dias. Ou tu ias, ou eu desistia. Eu desisti, tu ficaste. Agora tu vais e eu... Desisto? Preferia ter-me ficado pelo primeiro passo... Mas é tarde. Já me emaranhaste nesse olhar vivido e sonhador, por um lado cheio da minha irreverência e do meu orgulho, por outro com dúvidas a pairar a cada mudança no calendário. Eu era a céptica, a descrente, a racional. Era!? Ou aquilo que eu dizia querer era um espelho daquilo que tu não dizias querer? Eu não queria estar longe de ti. Disse-o por medo. Sim, muitas vezes. Talvez demasiadas. Hoje percebi que acreditava. Acreditava mesmo. E tu sempre o soubeste. Como deves estar feliz! Soubeste sempre aquilo que eu sentia na realidade, mesmo comigo a sabê-lo negar com a habitual conversa da treta. Que contigo nunca pegou! E eu soube sempre o que iria acontecer a esse desejo intenso de me ter. Incrível como nos sabíamos (sabemos?) um ao outro no silêncio indiscreto do nosso orgulho. Quiseste tanto as minhas certezas que te esqueceste das tuas. Fingiste que o tempo não passou, como se a cada dia eu não olhasse para ti com mais vontade de que fosses real. Querias tanto viver que me raptaste da minha aparente serenidade para o calor infernal dos teus braços. Para agora te despires de mim e me olhares com receio, louco de dúvida, não sabendo se foi a escolha acertada, sorte grande ou terminação.
Assentar ideias. Agora que as minhas se enraizaram em ti?
Queres tanto ser amado que te esqueces de amar.


Por que é que as mulheres têm um sexto sentido? Pior, por que é que não o seguem?? Nonsense.

domingo, 10 de maio de 2009

Choose love?

"I can't express myself coherently enough. I'm told I have talent, potential, brains, nonsense! There will always be somebody better than me, somebody more coherent, someone deeper, more talented, more of whatever I could hope to be. How do you come to terms with it? How do you deal with the fact, that you are a constant disappointment to your standards and expectations? You can dress it up in fancy words and lowering the bar until it skims the ground, but the truth is this: I will always fall short, because I choose it to be that way. I'm a self-defeating prophecy. I don't want to be the best, but at the same time, it's all I strive for. I guess I revel in the bitter satisfaction of failure, when if all honesty, I'm not failing anything. I make good waste of my time acting like I'm such a sorry excuse for a friend, a daughter, a student, an artist, a human being. I can hardly handle my inconsistencies. Is that just my nature? Or am I just over-estimating my worth as an intellectual? Human? Sentient string of organs and digits? I feel bound to some unspoken duty that the four walls of my body can't perform. I'm a paradox of myself, I contradict my personality with my actions, my actions with my thoughts, and my thoughts with my feelings. A path to no where, ends up with an empty face staring in an empty mirror. Why is there something instead of nothing, huh? Maybe everything is the nothing, and we're unknowingly rambling on about our lives, while the "empty" space is the invisible something. Maybe everything is something. Maybe nothing is everything. I hate possibilities! I want certainties! I want to know the question, the answer, and all the in between synapses that were fired. I want to make sure that I'm really conscious. I want too many things, most of which are intangible. I think what I really want, is to take a nap outside in an open field, with another human being, and let myself be smothered by the silence and omnipotence of the stars."


Foi alguém que escreveu. Alguém. Teria todo o gosto em atribuir os devidos direitos, mas... É anónimo. Pelo menos, para mim. Um anónimo que com certeza não queria ser ouvido por outro alguém conhecido. Encontrei-a aqui. É interessante a ideia.

domingo, 15 de março de 2009

O frio faz mal ao coração (II).

O frio faz mal ao coração. Lembro-me das noites tristes de Inverno em que tecias longas considerações sobre a chama da tua lareira. Eu, neste recanto sombrio a pedir pelo teu calor, e tu com enorme deleite, a tirar proveito das labaredas desse sítio. Lembro-me de te desenhar cruel e sádico no meu pensamento, mas hoje acho que te levava demasiado a sério. Tantas vezes que o silêncio falou mais alto, com medo de ser esquecido. Tantas as palavras levadas por chuvas outonais, como aquela que faz desta noite um pedaço de gelo, de tão fria e desamparada que me deixa. Pudesses tu adivinhar-me nessa altura, em que calava o carinho e a doçura com que podia ter-te envolvido, para dar lugar à amargura e ao desatino a que estavas habituado. Não acho que tenhas sido paciente, mas também… Provavelmente, ninguém seria. Menina insatisfeita e mimada, nada era suficiente, não era o que dizias? Enfurecia em três tempos, com a esperança de ver algum sentimento no teu olhar. Fui cega pela insegurança. A crença de poder continuar não subsistiu.
Hoje, aqui, colada ao corpo que deixaste de ver, num ambiente quente de lume rejuvenescido do último Natal, escrevo palavras que nunca te direi. Soa a cliché, eu sei, mas fica o desejo de ser eventual mentira.
O frio traz horas à lareira. Traz sensação de palavras entaladas na garganta.
O frio mói e molesta, sem dó nem cautela.
Sem ti, o frio invade e refreia a minha chama. Não a que arde por ti. A da minha vida.



30, Novembro de 2008

domingo, 8 de março de 2009

DIM.

Hoje virei-me para este lado. Não é que tenha algo de interessante a escrever (raramente tenho, na verdade!), mas como é o dia que é, achei por bem dar cá um salto. Afinal este é um sítio feminino e, embora (às vezes) não pareça, eu até me orgulho da mulher que sou. Aliás, quando tentam empurrar-me propositadamente para os confins do Inferno, normalmente até me levanto mais cedo e com mais força. Nem preciso do despertador (coisa inédita!). Aos homens que ficam irritados com este dia, só porque, imagine-se, não há um Dia Internacional do Homem: deixem a má língua no bolso e façam uma pequena pesquisa num motor de busca perto de si. Percebam porque é que as mulheres tiveram de emancipar-se. Pode ser que cheguem à fantástica conclusão que este dia só existe por causa de uma entidade. Os homens.
Como referi, não tinha grande coisa para dizer. Foi só porque eu até mereço. E, citando alguém, como estou em minha casa...
Um beijo às grandes mulheres e aos homens que conhecem e reconhecem grandes mulheres.

Pequeno aparte: nenhuma marca me pagou para escrever o título ali em cima. Para os mais distraídos, são as iniciais do dia 8/03.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Sabordalhão.

Era um destes nas vistas de quem se lembrou de inventar as Melhorias de Classificação.

E, vá, um chapinho a quem se lembra de ir a Melhorias de Classificação.


Alguém sabe onde se encontra o botão para desligar a neura? Sim? Então, é favor contactar o Departamento de Masoquismo.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

... (Indecisa quanto ao título)

Quando é que temos a certeza de que é o momento para dizer "Basta!"? E quem diz "Basta!", diz "Já chega! Estou farta! Quero lá saber! Não estou para aí virada!", já que "basta" não é assim uma palavra que use tão regularmente para ser aqui proferida. Agora que penso nisso, nem sei por quê. Talvez porque traz um cheirinho a filme dramático. Pois. Afinal acho que vou começar a intercalá-la em algumas frases.
Sempre pensei que o drama era construído na cabeça das pessoas. E o "sempre pensei" é mesmo "SEMPRE pensei", logo hoje também penso assim. (Estou mesmo inspirada, pena o dispersar da conversa. Mas continuando.) Não gosto de dramatismos. Também porque, espantosamente, às vezes consigo ser dramática, e isso irrita-me. Irrita-me quando estou a dramatizar. Não fui feita para pesar prós e contras. Quando estou indecisa entre qual bolacha comer, como as duas (e depois aparecem números estranhos na balança da casa de banho...). Por mim, todas as escolhas seriam feitas assim. Como é que eu vou saber o que é melhor!? Eu até gosto de astrologia e tudo o que são previsões, mas também por isso é que existem Mayas e Paulos Cardosos. Ultimamente, teria dado jeito um destes em tamanho de bolso. Talvez fosse mais seguro o Paulinho, já que a abelhinha anda ocupada a fazer de Relações Púbicas, digo, Públicas, em todo o lado. Não sei, o melhor mesmo é começar a habituar-me a este género de vida, em que a toda a hora vais por caminhos, ditos certos, mas que depois se mostram como um episódio da vida do lindinho Michael Scofield... Ou seja, sai tudo furado. Anyway, espero pelo menos ter uma veia engenhocas como a do respectivo escritor e encontrar sempre uma saída. No caso, não para o rapaz fugir, mas para eu me encontrar.

(Ui, que profunda... Quem ouvir, até pensa.)

"Embora doa, não me faz perder o sono". Ou, na minha gíria (sim, porque eu tenho uma gíria, que é mesmo gir(i)a), quero lá saber, não estou para aí virada.