sábado, 21 de junho de 2008

A culpa é tua.

Percorres os jardins cansados do meu coração. A relva deixou de ser viçosa e as flores murcharam faz meia dúzia de primaveras. Estou presa na masmorra do passado - e tu sabes. Mesmo assim, recolhes-me com doçura e encanto, sem pedir sê minha. Mas parte de mim é - e tu sabes. Soubeste soltar a criança que dormia em mim, num quarto fechado, com a esperança de um dia poder voltar a brincar. Dedicas-te a parar o tempo e a levar o meu sorriso pela mão, na passadeira de sonhos que pintaste no teu futuro. Aquele que converge no meu - e tu sabes. Escreves para mim a melodia das estrelas e dás-lhe o brilho que ilumina a minha noite. Noto-te no olhar imagens que me queres dar a viver, contigo. Deixas-me ler-te um quê de desejo, nesses lábios sedentos de alguma coisa; uma ténue vontade de me pegar e fazer de mim a tua menina. Mas não, não sabes. Como, quando ou mesmo se. Mas eu quero e faço pretensão de saber. Vamos?

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