Tenho andado a arrumar as tralhas cá de "casa". Pensando bem, no último ano tornei-me numa bela dona de casa. Mas não uma qualquer, claro.
Não morro de amores por swiffers ou aspiradores, mas teimo em arrastar o pó comigo. Incrível, costumo ser alérgica (orgulhosa), mas desta vez foi como se me sentisse bem com aquelas ténues partículas suspensas no ar, detestáveis pelos mais inteligentes. Durante muito tempo, usei panos velhos e desperdícios para afugentar aquele inimigo. De cada vez que o fazia, sentia-o entranhado em mim, vinha de mansinho parar a todas as mucosas e eu, inocente, lá entornava outra lágrima contagiada por toda aquela miudeza. Tive esperanças de que me habituasse, afinal já não lhe podia fugir. As suas sementes, qual cancro, floresciam com rápida eficácia, faziam-me prisioneira do meu próprio carácter. Onde fui parar? Onde está a mulher decidida que conheço? Não sabia. Morria a cada dia que passava, morria perante aquela coisa pequena e insignificante... aos olhos de todos. De todos, menos de mim própria, também esses estavam desfocados.
Hoje, até consigo rir ao ler estas linhas. Como fraquejei ao tentar exterminar aquele ácaro que me visitava todas as noites e me incendiava com aquela alergia!
Hoje, com casa nova e aspirador topo de gama, o pó só aparece de vez em quando. Mas, agora, com Claritine (ou paixão por mim e pela vida, se lhe quiserem chamar assim), passa logo. Ou quase.
Não morro de amores por swiffers ou aspiradores, mas teimo em arrastar o pó comigo. Incrível, costumo ser alérgica (orgulhosa), mas desta vez foi como se me sentisse bem com aquelas ténues partículas suspensas no ar, detestáveis pelos mais inteligentes. Durante muito tempo, usei panos velhos e desperdícios para afugentar aquele inimigo. De cada vez que o fazia, sentia-o entranhado em mim, vinha de mansinho parar a todas as mucosas e eu, inocente, lá entornava outra lágrima contagiada por toda aquela miudeza. Tive esperanças de que me habituasse, afinal já não lhe podia fugir. As suas sementes, qual cancro, floresciam com rápida eficácia, faziam-me prisioneira do meu próprio carácter. Onde fui parar? Onde está a mulher decidida que conheço? Não sabia. Morria a cada dia que passava, morria perante aquela coisa pequena e insignificante... aos olhos de todos. De todos, menos de mim própria, também esses estavam desfocados.
Hoje, até consigo rir ao ler estas linhas. Como fraquejei ao tentar exterminar aquele ácaro que me visitava todas as noites e me incendiava com aquela alergia!
Hoje, com casa nova e aspirador topo de gama, o pó só aparece de vez em quando. Mas, agora, com Claritine (ou paixão por mim e pela vida, se lhe quiserem chamar assim), passa logo. Ou quase.
1 comentário:
A isto eu chamo... uma vida cheia de coisa nenhuma :P Eu quando começo a escrever sobre esse tipo de coisas é porque já tive dias mais ocupados. Espero que nao seja o mesmo por ai :P (Ah, bem que cusquei o teu profile aqui no blogger, mas nao ha mail à vista, vou continuar à espera que vás ao meu e me adiciones no msn :D) Beijo Danielazinha :) *
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