O dia morre, a areia esfria, o céu entristece o seu azul. Confundem-se resquícios de Verão com o eriçar de pêlos esquecidos pela brisa já tardia. Olha o mar, infinito na sua beleza. Rugindo qual Neptuno esvairado, marca presença na tarde que viria a mudar vidas. A praia fica deserta em poucos momentos. Olhares que procuram alento, baixos e confusos, arrumam na gaveta a esperança para o dia seguinte. Pessoas que sorriem, cabelos esvoaçantes e mãos entrelaçadas. Há as que ficam no seu lugar, preguiçando à hora do poente, nem felizes nem tristes. É a debandada de sentimentos, naquela praia.
Ela fica. Pertence à camada entediante da juventude, adora o luar e flores, aprecia uma boa tarde de Verão só com os seus pensamentos. Consegue ignorar os olhares que a rodeiam, não permite que qualquer alma se aproxime do seu coração. Ninguém saberá chegar até ele, pensa. Desvia o olhar para o céu. Será sempre assim? Está feliz, mas não está. Sente-se incompreendida, mente a si própria sobre o seu bem-estar, tenta sorrir para dentro... mas não convence. Aceita que se sente sozinha. Olha o mar, inebriante. Ninguém saberá falar-lhe melhor do que a própria mágoa. Não soltará suspiros por ninguém, ponto assente. Decide retomar forças para ir embora. Só aquele mar vale a pena um olhar mais atento. Não quer olhar para dentro de ninguém. Nem vai. Durante muito tempo. Está decidida. A sua nova paixão é o mar.
Sorri perante aqueles pensamentos, que coisa mais patética, pensa. Mas a força com que se sente comove-a. Agora sim, vamos andar para a frente. Sem tropeçar em ninguém. Sim, é isso! Ajeita o cabelo, em vão. Bolas, maldito vento. Avança na paliçada, passo decidido e olhar confiante. Soubesse ela o que a esperava, na tarde seguinte...
Ela fica. Pertence à camada entediante da juventude, adora o luar e flores, aprecia uma boa tarde de Verão só com os seus pensamentos. Consegue ignorar os olhares que a rodeiam, não permite que qualquer alma se aproxime do seu coração. Ninguém saberá chegar até ele, pensa. Desvia o olhar para o céu. Será sempre assim? Está feliz, mas não está. Sente-se incompreendida, mente a si própria sobre o seu bem-estar, tenta sorrir para dentro... mas não convence. Aceita que se sente sozinha. Olha o mar, inebriante. Ninguém saberá falar-lhe melhor do que a própria mágoa. Não soltará suspiros por ninguém, ponto assente. Decide retomar forças para ir embora. Só aquele mar vale a pena um olhar mais atento. Não quer olhar para dentro de ninguém. Nem vai. Durante muito tempo. Está decidida. A sua nova paixão é o mar.
Sorri perante aqueles pensamentos, que coisa mais patética, pensa. Mas a força com que se sente comove-a. Agora sim, vamos andar para a frente. Sem tropeçar em ninguém. Sim, é isso! Ajeita o cabelo, em vão. Bolas, maldito vento. Avança na paliçada, passo decidido e olhar confiante. Soubesse ela o que a esperava, na tarde seguinte...
1 comentário:
O segundo parágrafo podia ter sido escrito por mim. A sério! E não me refiro à qualidade (que estás de parabens, ja agora), mas sim ao que relatas. Ando pelos mesmos caminhos que tu. As férias estão a ser óptimas, a única coisa que não gosto é o facto de ja estarem a acabar, enfim enfim :\ As tuas como andam? Ah, obrigado por partilhares o cantinho, pelo que vejo promete muito ;) Bjinho dzanizinahnziahnazihnahazinahna :D *
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