Tu estás ali e eu a ver-te fugir. Era uma questão de dias. Ou tu ias, ou eu desistia. Eu desisti, tu ficaste. Agora tu vais e eu... Desisto? Preferia ter-me ficado pelo primeiro passo... Mas é tarde. Já me emaranhaste nesse olhar vivido e sonhador, por um lado cheio da minha irreverência e do meu orgulho, por outro com dúvidas a pairar a cada mudança no calendário. Eu era a céptica, a descrente, a racional. Era!? Ou aquilo que eu dizia querer era um espelho daquilo que tu não dizias querer? Eu não queria estar longe de ti. Disse-o por medo. Sim, muitas vezes. Talvez demasiadas. Hoje percebi que acreditava. Acreditava mesmo. E tu sempre o soubeste. Como deves estar feliz! Soubeste sempre aquilo que eu sentia na realidade, mesmo comigo a sabê-lo negar com a habitual conversa da treta. Que contigo nunca pegou! E eu soube sempre o que iria acontecer a esse desejo intenso de me ter. Incrível como nos sabíamos (sabemos?) um ao outro no silêncio indiscreto do nosso orgulho. Quiseste tanto as minhas certezas que te esqueceste das tuas. Fingiste que o tempo não passou, como se a cada dia eu não olhasse para ti com mais vontade de que fosses real. Querias tanto viver que me raptaste da minha aparente serenidade para o calor infernal dos teus braços. Para agora te despires de mim e me olhares com receio, louco de dúvida, não sabendo se foi a escolha acertada, sorte grande ou terminação.
Assentar ideias. Agora que as minhas se enraizaram em ti?
Queres tanto ser amado que te esqueces de amar.
Por que é que as mulheres têm um sexto sentido? Pior, por que é que não o seguem?? Nonsense.
Assentar ideias. Agora que as minhas se enraizaram em ti?
Queres tanto ser amado que te esqueces de amar.
Por que é que as mulheres têm um sexto sentido? Pior, por que é que não o seguem?? Nonsense.