sábado, 16 de maio de 2009

Orgulho.

Tu estás ali e eu a ver-te fugir. Era uma questão de dias. Ou tu ias, ou eu desistia. Eu desisti, tu ficaste. Agora tu vais e eu... Desisto? Preferia ter-me ficado pelo primeiro passo... Mas é tarde. Já me emaranhaste nesse olhar vivido e sonhador, por um lado cheio da minha irreverência e do meu orgulho, por outro com dúvidas a pairar a cada mudança no calendário. Eu era a céptica, a descrente, a racional. Era!? Ou aquilo que eu dizia querer era um espelho daquilo que tu não dizias querer? Eu não queria estar longe de ti. Disse-o por medo. Sim, muitas vezes. Talvez demasiadas. Hoje percebi que acreditava. Acreditava mesmo. E tu sempre o soubeste. Como deves estar feliz! Soubeste sempre aquilo que eu sentia na realidade, mesmo comigo a sabê-lo negar com a habitual conversa da treta. Que contigo nunca pegou! E eu soube sempre o que iria acontecer a esse desejo intenso de me ter. Incrível como nos sabíamos (sabemos?) um ao outro no silêncio indiscreto do nosso orgulho. Quiseste tanto as minhas certezas que te esqueceste das tuas. Fingiste que o tempo não passou, como se a cada dia eu não olhasse para ti com mais vontade de que fosses real. Querias tanto viver que me raptaste da minha aparente serenidade para o calor infernal dos teus braços. Para agora te despires de mim e me olhares com receio, louco de dúvida, não sabendo se foi a escolha acertada, sorte grande ou terminação.
Assentar ideias. Agora que as minhas se enraizaram em ti?
Queres tanto ser amado que te esqueces de amar.


Por que é que as mulheres têm um sexto sentido? Pior, por que é que não o seguem?? Nonsense.

domingo, 10 de maio de 2009

Choose love?

"I can't express myself coherently enough. I'm told I have talent, potential, brains, nonsense! There will always be somebody better than me, somebody more coherent, someone deeper, more talented, more of whatever I could hope to be. How do you come to terms with it? How do you deal with the fact, that you are a constant disappointment to your standards and expectations? You can dress it up in fancy words and lowering the bar until it skims the ground, but the truth is this: I will always fall short, because I choose it to be that way. I'm a self-defeating prophecy. I don't want to be the best, but at the same time, it's all I strive for. I guess I revel in the bitter satisfaction of failure, when if all honesty, I'm not failing anything. I make good waste of my time acting like I'm such a sorry excuse for a friend, a daughter, a student, an artist, a human being. I can hardly handle my inconsistencies. Is that just my nature? Or am I just over-estimating my worth as an intellectual? Human? Sentient string of organs and digits? I feel bound to some unspoken duty that the four walls of my body can't perform. I'm a paradox of myself, I contradict my personality with my actions, my actions with my thoughts, and my thoughts with my feelings. A path to no where, ends up with an empty face staring in an empty mirror. Why is there something instead of nothing, huh? Maybe everything is the nothing, and we're unknowingly rambling on about our lives, while the "empty" space is the invisible something. Maybe everything is something. Maybe nothing is everything. I hate possibilities! I want certainties! I want to know the question, the answer, and all the in between synapses that were fired. I want to make sure that I'm really conscious. I want too many things, most of which are intangible. I think what I really want, is to take a nap outside in an open field, with another human being, and let myself be smothered by the silence and omnipotence of the stars."


Foi alguém que escreveu. Alguém. Teria todo o gosto em atribuir os devidos direitos, mas... É anónimo. Pelo menos, para mim. Um anónimo que com certeza não queria ser ouvido por outro alguém conhecido. Encontrei-a aqui. É interessante a ideia.