" Tu nunca serás meu... Nem eu, tua. Ainda assim, não consigo evitar apaixonar-me por ti de cada vez que o destino nos junta no mesmo sítio, à mesma hora. Começo a duvidar se é ele ou se sou eu que teimo em querer-te perto de mim, só para não ter que acarretar com os remorsos de não conseguir arrancar-te do peito.
De todas as milhentas vezes que nos separámos, eu enterrei-te no que parecia ser o mais profundo do meu passado, mas de nada tem servido. Consegues sempre vir ao de cima, ou eu própria te vou buscar. O que parece ser uma eternidade sem ti é, na verdade, um arrastar de dias que pesam meia dúzia de gramas quando te tenho comigo.
A minha vida tem-se resumido a uns largos períodos em que evito, com todas as minhas forças, pensar, sequer, que existes... Depois, pelo meio, surgem dias em que me sorris, como se nada se passasse. E, ironicamente, é aqui que vivo a minha (infeliz) felicidade.
Não vale a pena dizer e prometer a mim mesma que desta é que é... Porque não é. Eu sei que vou voltar a cair na tua esparrela e vou continuar a achar que és um pilho da futa. Mas eu nunca serei tua. "
(Às vezes, arrependo-me de te ter dado conversa no Verão dos meus 15 anos. )